Amorim diz que Brasil deseja boa sorte à Colômbia no combate às Farc

26/09/2010 - 16h30

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou, em Nova York, que o governo do Brasil deseja “sorte” ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, no combate às Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc). A reação de Amorim é uma resposta à captura e morte de Victor Julio Suárez Rojas, conhecido pelos codinomes de Mono Jojoy e Jorge Briceño. Chefe militar da organização, Mono Jojoy era apontando como o número 2 das Farc.

“Desejamos sempre boa sorte ao presidente da Colômbia e ao governo colombiano [no combate às guerrilhas que atuam no país]. Mas este é um problema interno da Colômbia. É uma questão interna da Colômbia”, disse Amorim, cuidadoso para não demonstrar indicação de interferência em um tema que Santos já disse que pertence à “política interna” da Colômbia.

Santos escolheu o Brasil para sua primeira visita ao exterior, logo depois da posse em agosto. Para Amorim, a visita ao Brasil foi uma demonstração do colombiano sobre a importância que ela dará nas relações políticas, econômicas e diplomáticas no contato com os brasileiros.
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No entanto, na sexta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parabenizou Santos, pela captura Mono Jojoy. “Houve um extraordinário trabalho das Forças Armadas. A morte de um dos líderes mais importantes da guerrilha representa um enorme significado para a paz do país”, disse Obama. “Tanto a Colômbia como toda a região vão receber apoio do governo dos Estados Unidos para continuar a luta contra o terrorismo.”

No final da semana passada, uma operação organizada pelas Forças Armadas, o Ministério da Defesa e a Polícia da Colômbia, batizada de Sodoma, foi responsável pela morte de Mono Jojoy e mais 21 guerrilheiros. Diversos tipos de veículos de combate, mais de 30 aviões e 27 helicópteros foram envolvidos na ação.

Para especialistas, a morte do número 2 das Farc representará uma pressão sobre a guerrilha, podendo causar mais e fragilidade ao grupo armado.

Edição: Fernando Fraga