Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Empresários da siderurgia querem fomento à compra do aço produzido no país. A preocupação de representantes do setor foi demonstrada hoje (29) no seminário Perspectivas e Condicionantes do Setor Siderúrgico do Estado do Rio Janeiro promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os empresários também reclamaram do grande volume de importações no setor.
O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, Carlos Jorge Loureiro, chamou a atenção para um mercado nacional com “excesso de material que não encontra saída, em razão da falta de demanda interna e da cultura do concreto”.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Julio Bueno, destacou que a secretaria espera que o estímulo ao fornecimento interno possa ser um dos fatores que garanta o crescimento do consumo e dos investimentos esperados. A expectativa é que, nos próximos anos, o setor siderúrgico fluminense receba investimentos de R$ 20 milhões.
O superintendente de Projetos Estruturantes da secretaria, o engenheiro Jorge Fernandes da Cunha Filho, defende a utilização do aço em obras da construção civil, “inclusive por serem mais rápidas, mais duráveis em relação ao concreto e mais sustentáveis, uma vez que a sucata pode ser reaproveitada”.
Para o gerente geral de comercialização da Usiminas Mecânica, Paulo Sebastião Marques, a falta de proteção para o mercado nacional prejudica também a geração de empregos e o crescimento do setor. "Eu acho que a gente tem que olhar um pouco para o nosso território. Se você quer comprar o importado, vá comprar, mas vai pagar mais caro por isso”.
Edição: Rivadavia Severo