Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para que as eleições ocorram sem qualquer surpresa e os eleitores tenham garantido o seu direito ao voto, principalmente nos locais mais afastados do país, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, testou hoje (28) o uso de urnas alimentadas por geradores elétricos e baterias.
O teste foi feito em uma escola localizada na Ilha do Combú, comunidade ribeirinha do Pará, cujo acesso só pode ser feito de barco, em uma viagem a 30 minutos de Belém. “Todos os votos são importantes, pois a Justiça Eleitoral não faz distinção entre eleitores. Nenhum eleitor brasileiro ficará sem votar e sem ter o seu voto computado”, afirmou Lewandowski. Segundo o TSE, há 1.500 pontos de difícil acesso no país que deverão ser atendidos pela Justiça Eleitoral.
De acordo com Lewandowski, os dados das urnas alimentadas por gerador e bateria serão transmitidos via satélite. “Curiosamente, esses eleitores que estão situados num ponto mais distante desse nosso imenso Brasil, talvez tenham seus votos computados em primeiro lugar, antes mesmo que aqueles votos que foram lançados nas urnas das grandes capitais.”
A justificativa para a agilidade é que, nos locais de difícil acesso, os votos computados pela urna eletrônica são enviados via satélite para o Tribunal Regional Eleitoral do respectivo estado. Depois, os tribunais regionais enviam os dados para o TSE, que consolida e divulga as informações.
O presidente do TSE ainda disse que a tecnologia veio sanar grandes dificuldades logísticas, que acabavam atrasando a computação final dos votos. Ele lembrou da época em que os votos eram depositados em urnas de lona que percorriam um longo caminho até as capitais para serem contados, ainda de forma manual.
Recentemente, o ministro visitou outra comunidade afastada – Catalão – localizada no município amazonense de Iranduba. O objetivo era testar a transmissão de dados de votação via satélite.
Edição: João Carlos Rodrigues