Marina defende Constituinte exclusiva para votar as grandes reformas do país

14/07/2010 - 21h03

Elaine Patricia Cruz

Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A ideia de uma Constituinte exclusiva, com tempo determinado, para tornar possível as grandes reformas necessárias para o país, entre elas, a reforma política, foi defendida hoje (14) pela candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva.

 

”Entra governo e sai governo e as reformas não saem do papel. A ideia de uma Constituinte exclusiva talvez possa ser um caminho”, afirmou a candidata, após participar de um evento em São Paulo, onde a União Geral dos Trabalhadores (UGT) lhe entregou um documento com várias propostas da central sindical para o futuro do país.

Entre as propostas da UGT, Marina defendeu a que trata da redução da jornada de trabalho. “É uma reivindicação justa dos trabalhadores para que possam ter mais tempo para a sua formação, lazer e cuidado com a família. O cuidado que temos que ter é para evitar que a redução da jornada de trabalho não seja burlada por horas extras, e que isso não favoreça o aumento da informalidade”, afirmou, acrescentando que a redução poderia aumentar o número de empregos.

A contrariedade da candidata com relação às várias propostas apresentadas pela central diz respeito ao fator previdenciário. Enquanto a UGT defende o fim do fator, Marina reforçou que mantém a mesma opinião de quando o governo decidiu mantê-lo: que o fim do fator poderia aumentar o déficit previdenciário. “Em função das nossas contas públicas, o Brasil não tinha condição de manter a questão do fator previdenciário”, disse.

No discurso que fez para uma plateia formada em sua maioria por sindicalistas presentes, a candidata do PV voltou a dizer que não pretende entrar num debate pelo Estado mínimo ou máximo, e defendeu que sua proposta é por um Estado mobilizador e transparente.

 

“O Estado mobilizador é aquele que é capaz de juntar o melhor da sociedade brasileira em suas instituições, na iniciativa privada, nos diferentes segmentos da sociedade, para que possamos produzir o conhecimento, a infraestrutura, os serviços necessários nas áreas de educação e saúde para que a sociedade possa viver melhor”.

 

 

Edição: Aécio Amado