Mariana Jungamann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A notícia que circulou hoje (25), na internet, de que o PSDB escolheu o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para ser o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra repercutiu entre os parlamentares do Democratas. A escolha do nome de Dias foi divulgado no Twitter do ex-deputado Roberto Jefferson. Imediatamente, vários dirigentes do DEM se apressaram em dizer que não aceitavam a situação.
“A exceção de Aécio Neves, o partido não aceita ninguém que não seja do DEM. Sobre esta questão o partido está fechado de 'cabo a rabo'”, afirmou o líder na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC).
Os senadores democratas também disseram que foram pegos de surpresa. Evitando desabonar o nome de Álvaro Dias, eles reclamaram da forma unilateral como a decisão foi tomada. “O Democratas é o principal parceiro do PSDB. Essa decisão tinha que ter sido tomada em conversa com os partidos da coligação. Dessa maneira foi uma imposição”, afirmou o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA).
Já o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) acredita que tudo não passa de especulação. “Eu acho que é um balão de ensaio para valorizar a escolha do DEM. O problema não é com o nome de Álvaro Dias, mas é pelo DEM, um partido que está prestando apoio irrestrito [ao PSDB]”, afirmou Torres. Ele considera ainda que, após este episódio, o apoio pode ser rompido.
Para Bornhausen, há ainda muito tempo até a convenção nacional do Democratas, quando o apoio deve ser anunciado oficialmente ou retirado. “No momento estamos focados nas convenções estaduais. A partir de segunda-feira (28) voltamos a pensar na questão nacional. Cinco dias é muito tempo para se discutir esse assunto”, disse.
O PSDB informou que não divulgará nota oficial sobre o assunto e que o posicionamento do partido foi anunciado pelo seu presidente Sérgio Guerra, no Twitter, quando ele disse que havia sugerido o nome de Álvaro Dias.
Edição: Aécio Amado