Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Por 6 votos a 1, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará confirmaram o habeas corpus concedido a Regivaldo Pereira Galvão, condenado a 30 anos de prisão em júri popular pelo assassinato da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. Apontado como mandante do crime, ele aguardará em liberdade o julgamento da apelação, ainda sem data prevista.
O diretor de Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos, Fernando Matos, lamentou a decisão da Justiça e disse que a tensão na região de Anapu (centro do estado do Pará) pode aumentar. “Algumas pessoas podem ficar mais afoitas”, afirmou à Agência Brasil. Uma das testemunhas de acusação sofreu um atentado em novembro de 2009.
Matos espera que o Ministério Público entre com recurso contra a liberdade de Regivaldo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele também vê a possibilidade de que o réu volte à prisão no processo que responde por grilagem de terra.
Edição: Lílian Beraldo