Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A nova ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, assumiu o cargo hoje (31) com a promessa de dar continuidade ao trabalho de seu antecessor, Patrus Ananias (PT), que deixou o comando da pasta depois de seis anos para disputar o governo de Minas Gerais nas eleições de outubro.
“A estratégia do ministério segue a orientação do presidente Lula. Venho como um membro da equipe do presidente Lula”, disse Márcia Lopes.
Para o ex-ministro Patrus Ananias, o desafio da nova ministra é consolidar as ações do ministério, responsável pelo principal programa social do governo Lula – o Bolsa Família, que atende 14,2 milhões de famílias. “O MDS não é um ministério passageiro. Ele veio para ficar”, disse ele, em seu discurso de despedida.
O projeto que visa a tornar lei os programas sociais – a chamada Consolidação das Leis Sociais – não saiu na gestão de Patrus. Segundo ele, a proposta aguarda uma definição do presidente Lula. O objetivo é evitar que futuros governantes alterem ou não dêem continuidade aos programas. O ex-ministro citou algumas ações que podem fazer parte da lei, como os restaurantes populares, instalação de cisternas e o programa de aquisição de alimentos.
Ao despedir-se da chefia do ministério, Patrus destacou que sua gestão foi marcada pela eficiência, transparência e ética. “Não há nenhuma suspeita, nenhuma acusação”, afirmou o ex-ministro, que comandou o ministério desde a criação, em 2004.
Não é a primeira vez Márcia Lopes trabalha no ministério. Ela já ocupou a secretaria-executiva da pasta até o ano de 2007. É assistente social e professora universitária e ex-vereadora de Londrina (PR).
A transmissão de cargo foi acompanhada por servidores do ministério e parentes da nova ministra. Entre eles, o irmão dela, o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho.
Durante o evento, foi exibido um vídeo em homenagem a Patrus Ananias e fotos dele com Lula, o vice-presidente José Alencar e a ex-ministra da Casa Civil e candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
A petista Arlete Sampaio também deixou o cargo de secretária executiva para disputar uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ela será substituída por Rômulo Paes, que já integra a equipe do ministério.
Edição: João Carlos Rodrigues