Maiores escritórios de patentes do mundo se reúnem em março no Rio

24/01/2010 - 18h06

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Autoridades internacionais da área de patentes vão participar em março, no Rio, de encontro promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), vinculado aoMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Devem participar representantes dos 15 maiores escritórios de patentes domundo.A expectativa é de que durante o evento seja traçado um plano que beneficie a todos e permita a superação rápida do acúmulo de patentes sem exame em nível mundial. Apenas dois países em desenvolvimento estão incluídos entre esses 15 escritórios: o Brasil e a China.O Inpi quer ampliar a cooperação entre os países do continente latino-americano e, do lado específico de patentes, superaro problema dos atrasos, disse à AgênciaBrasil o presidente do Inpi, Jorge Ávila. “Porque na medida em que os escritórios cooperam entre si, a gente tem mais possibilidade de resolver o problema, do que se cada  escritório sozinho tentar dar conta do problema inteiro”.Namedida em que o Brasil se insere na economia global, o número depedidos de patentes feitos no país vem aumentando a cada ano. O Brasilé líder isolado na América Latina em pedidos de registro de patentes,superando com folga o México e a Argentina, que ocupam o segundo eo terceiro lugar no ranking, respectivamente. Entretanto, ainda está abaixo de países de maior desenvolvimento tecnológico em que as patentes são prioridade,  comoo Japão, a Alemanha e os Estados Unidos. O Brasil está atrás também daChina, que começa a aparecer nessa relação, entre as nações emdesenvolvimento, informou Ávila.“Continua sendo um desafio para a indústria brasileira ser capaz  de desenvolver um esforço de inovação que seja apropriável na forma de patentes”. A mensuração por meio das patentes  é muito importante, segundo Jorge Ávila, porque  o número pode  atestar quanto uma empresa está conseguindo transformar em valor econômico o seu esforço de inovação. Ele afirmou que aquilo que não épatenteado, “qualquer um pode copiar”. A patente garante que o esforçode inovação se traduza em vantagem econômica para a empresa e para opaís onde ela está sediada.