Lula inaugura obras em antiga colônia para pessoas com problemas psiquiátricos

24/01/2010 - 12h19

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma das comunidades que integra a Colônia Juliano Moreira em Curicica, zona oeste da capital fluminense, receberá nesta segunda-feira(25) uma creche com capacidade para atender a 120 crianças,  uma praçacom brinquedos, quadra poliesportiva, um campo de futebol, além deobras de infraestrutura. As obras foram feitas com recursos do Programade Aceleração do Crescimento (PAC) e serão inauguradas pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.Os investimentos  na comunidade Entre Riosatenderão cerca de 2 mil famílias e somam R$ 17 milhões,entre recursos do governo federal e municipal, que investem também eminfraestrutura na pequena vila.  Há construção de redes deabastecimento de água e coleta de esgoto, pavimentação de becos, vielase ruas, iluminação pública, regularização fundiária do terreno e aindacanalização dos rios Engenho Novo e Areal.Entre Rios é a primeira comunidade da colônia a ter obrasdo PAC inauguradas. No local, os governos também investem mais R$ 100milhões na urbanização das vilas e na construção de 600 casas paraatender aos moradores de Vila Arco-Íris, Vale do Ipê, Área Verde, AntigaCreche, Vilas André Rocha, Parque dos Irmãos e Curicica.  “Esse era um dos projetos prioritários do PAC. Vinha sendo elaborado há cerca de dez anos.A área [da colônia] é imensa, com ocupação diversificada, desordenada.No local há os antigos pavilhões de tratamento de doentes mentais,construções irregulares e área de preservação ambiental. Muitosproblemas”, explicou o ministro das Cidades, Márcio Fortes, ementrevista. Criada na década de 1920 para receberpessoas com problemas psiquiátricos, a Colônia Juliano Moreira tem 77quilômetros quadrados divididos em seis setores.  Estimativas apontamque mais de 5 mil pacientes foram atendido no local, entre os quaiso artista plástico Bispo do Rosário, que morreu na instituição em 1989.Para preservar a história do lugar e o patrimônio arquitetônico, queconta com igreja e aqueduto, o PAC também prevê a criação de um centrohistórico.Situada em antigas terras da Fazenda Engenho Novo, acolônia foi invadida ao longo dos anos e hoje conta com 20 milmoradores espalhados até em áreas de preservação da Mata Atlântica.Cerca de 400 são pacientes e ex-funcionários residentes, com mais de 70anos. Na década de 1980, a instituição deixou de aceitar internações delongo prazo e encerrou tratamentos de eletrochoque e lobotomia, porexemplo.