ONU distribuiu 1,5 milhão de suplementos alimentares ao povo haitiano

22/01/2010 - 16h48

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) informou hoje (22) já ter distribuído quase 1,5 milhão de suplementos alimentares às vítimas do terremoto que atingiu o Haiti no último dia 12. Alémdos suplementos, a agência das Nações Unidas responsável pela ajudaalimentar aos países necessitados também garante estar fornecendo arroze farinha para os haitianos que têm como cozinhar os alimentos. Segundodados da PMA, antes da tragédia, havia 1,8 milhão de pessoas no país emestado de insegurança alimentar, número que aumentou após a catástrofe.A iniciativa, de acordo com a Rádio das Nações Unidas, foi prejudicada pelo novo tremor que atingiu a região na última quarta-feira (20), danificando alguns dos armazéns onde parte dos alimentos estavam estocados. Já no dia seguinte ao primeiro terremoto, a agência informou que embora possuísse uma grande quantidade de alimentos guardados, adistribuição havia sido prejudicada pela grande quantidade de entulhoexistente nas ruas, o que dificultava não só a entrega dos suprimentos,mas também o resgate de sobreviventes.  Esta manhã, a porta-vozdo Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, ElizabethByrs, classificou a situação de segurança em Porto Príncipe como“estável”, apesar de “casos isolados” de saques e de violênciacontinuarem sendo registrados. A manifestação da porta-voz coincide com o teor de nota divulgada na quarta-feira(20) pelo Ministério da Defesa brasileiro, que sustenta que a situaçãoé muito semelhante ao que já ocorria antes do terremoto e que asnotícias a respeito da existência de uma onda de violência não passamde boatos.Ainda de acordo com Byrs, o aeroporto local estáoperando com 150 pousos diários de voos não comerciais, mas, ainda assim, a estrada que liga oHaiti à vizinha República Dominicana continua sendo a principal via deacesso para os donativos enviados pela comunidade internacional.  Aporta-voz afirmou que as Nações Unidas já fretaram caminhões paratransportar mais de 50 mil litros de combustível do país vizinho atéPorto Príncipe.