Lula diz que divergência sobre plano de direitos humanos está resolvido

13/01/2010 - 21h18

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apósassinar um novo decreto que pôs fim aos desentendimentos entre setoresmilitares e a pasta dos Direitos Humanos em torno da terceira versão doPrograma Nacional de Direitos Humanos (PNDH), o presidente Luiz InácioLula da Silva minimizou a existência de atrito entre setores do governopor conta do programa de direitos humanos.Para Lula, nuncahouve problema e a discussão entre ministros sobre assuntos polêmicos énatural de um regime democrático. “O problema não deixou de existir nemera tão grave como algumas pessoas imaginaram, que a República iriacair. Algumas pessoas imaginaram que a República iria cair por conta dadivergência. O programa foi aprovado pela sociedade civil e, portanto,fiz um novo decreto criando o grupo de trabalho que vai transformartudo aquilo em um projeto que será encaminhado ao Congresso”, afirmouLula.Mesmo alterando a proposta a pedido dos militares, opresidente defendeu a proposta inicial dizendo que ela foi debatida em63 conferências estaduais e por todos os segmentos da sociedade.“Graças a Deus esse país é presidencialista que permite que opresidente possa resolver o problema”.Lula negou que tenhahavido pedido de demissão por parte dos militares e criticou aimprensa, “que muitas vezes por falta de notícias”, cria crise nogoverno. “Primeiro, não houve renúncia de militar para mim. Estava deférias carregando isopor quando ouvi isso. Como presidente não posso trabalhar sobre ilações e muito menos insinuações. Eu trabalho comfatos concretos e a única coisa que chegou na minha mesa era a divergênciaentre dois ministros e foi isso que foi resolvido”, reforçou opresidente.