Brasil articula doações de vários países ao Haiti

14/01/2010 - 19h02

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo brasileiro está conversando diariamente com autoridades dediversos países sobre as doações ao Haiti, arrasado na última terça-feira(12) por um terremoto na capital Porto Príncipe, conforme informouhoje (14) a assessoria de imprensa do Ministério das RelaçõesExteriores. Ontem o chanceler Celso Amorim conversou com a secretáriade estado norte-americana, Hillary Clinton, sobre a coordenação dostrabalhos de resgate e reconstrução do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tambémfalou com o presidente norte-americano Barack Obama e propôs a criação de umaconferência de doadores para para organizar a distribuição do dinheiroque vem sendo anunciado. Hoje, Amorim também falou com ochanceler do Canadá, que prometeu doar US$ 5 milhões. Amanhã (15), será a vezde fazer contato com o governo da Austrália para tratar do assunto. Oministro também está em contato com o embaixador brasileiro no Haiti, Igor Kipman, recebendo notícias das autoridadeslocais. O governo brasileiro avalia que as doações dos países ricos ainda são pequenas e não têmchegado, de fato, ao país da América Central. A exceção a isso seria adoação de US$ 100 milhões que os Estados Unidos anunciaram.Alémda questão financeira, também precisam ser resolvidos detalhes práticossobre a ação da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti(Minustah). O mandato da missão delimita todas as práticas e até aquantidade de soldados de cada país que forma a força. Por isso, aincorporação dos novos militares que estão sendo enviados por diversospaíses e as novas ações que serão executadas pela Minustah precisam seroficialmente incorporadas ao mandato da missão. Mas ainda não se sabeexatamente como isso será feito.