Trabalho humanitário de Zilda Arns era reconhecido internacionalmente

13/01/2010 - 13h41

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Otrabalho humanitário da pediatra, sanitarista e fundadora da Pastoral daCriança, Zilda Arns, era reconhecido internacionalmente. Ela ganhoudiversos prêmios por sua atuação na área social, seja à frente daentidade ou de outros organismos do qual participou. Zilda morreu noterremoto que atingiu o Haiti na noite de ontem (12).Entre osprêmios internacionais, Zilda foi declarada em 2002 Heroína da SaúdePública das Américas, título concedido pela Organização Pan-Americanade Saúde (Opas). Também recebeu em 2000 a medalha Simón Bolívar, daCâmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, o prêmio Socialda Câmara de Comércio Brasil-Espanha, em 2005, entre outros. NoBrasil, recebeu em 2003 do governo mineiro a medalha da Inconfidência eo prêmio principal do evento As Mulheres Mais Influentes do Brasil,promovido pela  revista Forbes em 2005. Também foi premiada com odiploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005 e recebeu, no mesmo ano,o diploma e a medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Melloconcedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz.Em 2008, Zilda deixou a coordenação da entidade parafundar a Pastoral da Pessoa Idosa. Os primeiros trabalhos da Pastoralda Criança começaram em 1983 em Florestópolis, no Paraná. A principalbandeira era o combate à mortalidade infantil. Hoje a Pastoral da Criança contacom cerca de 260 mil voluntários. São pessoas que atuam em suaspróprias comunidades e acompanham as famílias. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), 1,8milhão de crianças de até 6 anos são beneficiadas pelasações, além de 94 mil gestantes em 42 mil comunidades pobres em mais de4 mil municípios. Zilda tinha cinco filhos e quatro netos.