Muitas pessoas aguardam socorro nas ruas de Porto Príncipe, informa comitê da Cruz Vermelha

12/01/2010 - 23h40

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A principal informaçãoque o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) tem até omomento sobre o terremoto que abalou o Haiti é de que a situaçãona ilha caribenha “é de caos”. Segundo a coordenadora docomitê, Silvia Backes, muitas pessoas estão na rua aguardando porsocorro."O que mais nos preocupa é que o socorro chegue às vítimas doterremoto. Além disso, muitos supermercados desabaram, e o acesso aosalimentos está comprometido", afirmou.A coordenadora disseque recebe as informações da base do comitê, localizada emGenebra, na Suíça, já que a rede de telefonia do país foirestabelecida há algumas horas."Não se conseguetransitar na rua, o acesso está muito difícil", disse.De acordo com ela, ocomitê tem como ajudar prontamente 10 mil famílias - as doaçõesestão sendo remanejadas do Panamá para o Haiti."Em situaçõescomo essas podemos também empregar pessoas de todo o mundo que sedeslocam para ajudar lá", completou.Segundo a enfermeiraAndrea Oiring, mulher de um sargento do Exército Brasileiro que estáno Haiti há sete meses, a base brasileira também foi destruída noterremoto."Ele voltaria neste sábado mas, depois dessa tragédia, nãotem mais previsão para voltar, ficará lá ajudando as pessoas",disse.Um grupo de seisestudantes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) junto comum docente da instituição, também está no Haiti, onde desenvolvemum trabalho de campo. Um dos alunos,conhecido apenas como Daniel, escreveu em um blog na internetque o grupo passa bem, "sem nenhum arranhão". "Estamosnos preparando para ajudar na remoção dos escombros ou qualqueroutra forma possível", relatou.