Brasileiros que vivem no Haiti atuam em forças de paz da ONU e ONGs

13/01/2010 - 13h00

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os brasileiros que vivem no Haiti atuam, em geral, nas forças de pazda Organização das Nações Unidas (ONU), em organizaçõesnão governamentais e outros organismos de apoio para a reconstruçãosocial e econômica do país. A ONG Viva Rio atua no Haitiimplementando ações de pacificação e obras de infraestrutura. Asatividades contam com cerca de 400 haitianos. De acordo com o governo brasileiro, 1.310 brasileirosvivem no Haiti – a maioria militares atuando na ONU. Na ONG Viva Rio hánove brasileiros no Haiti inclusive André D'Ávila, filho docoordenador-geral da organização, Rubem César Fernandes. Fernandesconseguiu falar hoje (13), por telefone, com o filho e soube que todosestão bem e abrigados no centro comunitário da organização.Oprojeto de pacificação executado pelo Viva Rio começou em 2004, mas foiintensificado em 2007, e recebe financiamento do governo norueguês. Oprojeto é integrado por uma série de ações que vão desde segurançahumana passando por programas de incentivo às artes e esportes, além daformação profissional. A ideia é manter as ações até 2011. Inicialmente,a prioridade foi a construção de cisternas públicas (em escolas eigrejas) para acumulação da água da chuva. Também há investimentos naformação de redes de trabalho destinadas a mulheres para que atuem comoagentes de saúde e na gestão dessa água.No começo deste ano foicriado um projeto-piloto de biodigestor - em Bel Air, um dos bairrosmais violentos da capital haitiana, Porto Príncipe - por meio daprodução de gás metano para fins de eletricidade a partir de dejetoshumanos oriundos dos banheiros públicos. Segundo o Viva Rio, por US$0,01 o haitiano poderá utilizar o banheiro com biodigestor.