Angra dos Reis teme chuva que meteorologia prevê para o fim da tarde

12/01/2010 - 23h53

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A meteorologia está prevendo mais chuvas em Angra dos Reis, a partirdo fim da tarde de hoje (13). Essa previsão preocupa o governomunicipal e a Defesa Civil da cidade, temerosos de novos deslizamentosde lama e pedras, como o que ocorreu na virada do ano e deixou o saldode 21 mortos no Morro da Carioca e de outros 31 na Praia do Bananal, emIlha Grande. No início da noite de ontem (12) uma ventania,seguida de chuva, surpreendeu os moradores da cidadedo litoral sul fluminense. Casas e prédios públicos foram destelhados ehouve queda de árvores, danificando a rede elétrica em vários pontos dacidade. A concessionária de energia na região, a Ampla, informou que osmorros da Carioca e do Abel continuam sem luz. As áreas maisatingidas foram o bairro do Retiro e a Estrada do Contorno, quecontinua obstruída por troncos de árvores derrubadas pela ventania. Nostrês primeiros dias do ano a estrada ficou totalmente interditadadevido a deslizamentos de terra, que deixaram alguns bairros praticamenteilhados.A apreensão da Defesa Civil é de que haja novosdeslizamentos e uma nova tragédia como a da virada do ano.  A previsãodo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais pancadasintensas de chuva ainda hoje (13).A quadra esportiva onde estãosendo armazenados os donativos recebidos para as vítimas dosdeslizamentos foi parcialmente destelhada, mas os funcionários daDefesa Civil e voluntários conseguiram recuperar quase a totalidade dasdoações.     O governador Sérgio Cabral homologou o decreto de estado de calamidade pública da cidade de Angra, publicado nessa terça-feira(12) no Diário Oficial. O decreto precisa ainda ser homologado peloMinistério da Integração Nacional e só então o presidente poderá enviarmedida provisória para a liberação de recursos.A prefeitura de Angra informou que demoliu ontem (12) mais dez casasinterditadas no Morro da Carioca, onde 21 pessoas morreram na tragédiado Ano Novo. As demolições continuam até que as cerca de 100 casas emáreas de risco do morro sejam removidas, informou a assessoria decomunicação da prefeitura. Em todo o município, há 624 construçõesinterditadas, de acordo com a Defesa Civil, e mais de 2.100 pessoastiveram que deixar suas casas.