Priscilla Mazenotti*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou os resultados daConferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), encerrada ontem (18) em Copenhague, Dinamarca. Paraele, a criação de um fundo de US$ 30 bilhões destinado a ajudar países pobres a combater as mudanças climáticase a redução de gás carbônico nos próximos trêsanos é insuficiente.“Essevalor de US$ 30 bilhões para todos é menos do que o Brasil sozinhovai gastar para cumprir as nossas metas, aprovadas pelo nossoparlamento”, disse o ministro, em nota, lembrando que o país vai gastar US$ 16 bilhõespor ano para cumprir a meta de reduzir em até 39% asemissões de gases de efeito estufa até 2020.Mincdisse ainda que o Brasil vai continuar cobrando dos países ricos umapostura mais forte para a proteção do planeta. "A gente vaimobilizar a população e a opinião pública, assim como foi feitopara que os Estados Unidos e a China apresentassem as suas metas",afirmou.O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que o acordo parcial - fechado entre os Estados Unidos, a China, Índia,o Brasil e a África do Sul com apoio de outros países - não é o ideal, mas o início da busca por um acordo. “OAcordo de Copenhague pode não ser tudo o que todos esperavam, mas éum começo importante”, disse.A presidência da Conferência dasNações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) optou por “tomarnota” do Acordo de Copenhague.O acordo oficial ficou para 2010.“Vamos tentar chegar a um acordo obrigatório com valor legal atéa COP-16, no México”, completou.