Empresas francesas que atuam no Brasil mostram ações em busca da sustentabilidade

08/09/2009 - 0h09

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Empresas francesas com atuação no Brasil apresentaram hoje (8) açõespara promover a sustentabilidade. A iniciativa faz parte do primeiroFórum de Sustentabilidade da Câmara de Comércio França-Brasil. Aotodo, cerca de 800 associados – de capital francês e brasileiro –empregam 350 mil profissionais no país, com faturamento médio de US$ 25bilhões em 2008.Uma rede do ramo de home centersinformou que atende a mais de 80 itens considerados sustentáveis,desde concepção dos projetos, passando pela execução das obrase entrega dos prédios. A empresa chegou ao Brasil em 1998,especializada em construção, acabamento, bricolagem, decoração ejardinagem.Noevento, que faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil,também foram apresentadas iniciativas implementadas por uma empresaespecializada em produtos químicos que atua no Brasil desde 1919. Aempresa emprega 2,9 mil funcionários, em cinco fábricas. Na unidadede Santo André (SP), por exemplo, uma das preocupações é oreaproveitamento da água, de maneira que nada é jogado em rios.Opresidente para a América Latina da empresa, Marcos de Marchi,explicou que, na fábrica localizada em Paulínia (SP), as caldeirasforam convertidas de óleo para gás, com o objetivo de reduzir aemissão de gases de efeito estufa. Energias renováveis como abiomassa também são utilizadas. Segundo ele, “essas tecnologiaslimpas” representam 1,2 bilhão de automóveis a menos nas ruas dopaís.Paraum grupo que atua no setor de geração de energia elétrica noBrasil, a prioridade é gerar energia limpa e renovável por meio deum “mix energético equilibrado”, que produza pouca ounenhuma emissão de dióxido de carbono. O parque gerador do grupo éformado por usinas hidrelétricas, de biomassa, de gás natural, decarvão, de diesel e eólica, localizadas em 12 estados brasileiros.Omaior investimento em curso, de acordo com a empresa, é Usina deJirau, no Rio Madeira (RO). O projeto vai receber investimentos de R$10,5 bilhões e deve entrar em operação em 2012. Outro projetoconsiderado importante pelo grupo é a Usina Hidrelétrica deEstreito (MA-TO), que vai receber investimentos de R$ 3,6 bilhões,com entrada em operação prevista para 2010.Parao diretor de Negócios do grupo, Gil Maranhão, o Brasil apresentauma situação peculiar. O setor de energia responde por apenas 1,4%do total de emissões de gases de efeito estufa brasileiras. A médiamundial, segundo ele, é de 27%. Maranhão lembrou ainda que apenas25% da capacidade de geração elétrica no país foram explorados.Dadosda Mission Economique revelam que o Brasil é o principal parceiro daFrança na América Latina. O intercâmbio comercialfranco-brasileiro, de acordo com a Câmara de ComércioBrasil-França, aumentou 12,8% em 2008 quando comparado ao do anoanterior, com recorde considerado histórico de 7,4 bilhões deeuros.