Crédito para micro e pequenas empresas passa de R$ 478 milhões no primeiro trimestre

24/08/2009 - 18h27

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, informou hoje (24) que o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, o Crediamigo, movimentou mais de R$ 478 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a 33% da meta estabelecida para 2009. Foram feitas 348 mil transações, disse o ministro, ao inaugurar uma unidade de atendimento do Crediamigo na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.Em número de clientes ativos, o programa superou 672 mil no primeiro trimestre, o que representou 95% da meta. De acordo com o balanço apresentado por Lupi, a média de empréstimo é de R$ 1.400.“Estamos avançando. Só aqui no Rio de Janeiro, foram mais de mil operações nos três primeiros meses. Nossa previsão é chegar a algumas dezenas de milhares [de operações] no Brasil inteiro", disse o ministro, em entrevista à Agência Brasil. Segundo Lupi, o objetivo é, cada vez mais, fortalecer linhas de crédito para o pequeno empreendedor. Segundo o ministro, o programa oferece vantagens para os moradores de comunidades carentes: “Você tem o agente operador do Crediamigo presente dentro da própria comunidade para fazer operações que variam de R$ 500 até o máximo de R$ 15 mil para o pequeno comerciante, para o sapateiro, o dono do armazém, o dono da birosca. Para quem precisa de um dinheiro mais rápido, com taxa de juros bem baixa.” Em média, a taxa final é de 1,3%. “Então, é um dinheiro barato para o pequeno e o micro empresário.”De janeiro a março, as mulheres foram maioria nas operações do programa de microcrédito, representando 64% do total de clientes. Por tipo de ocupação, predominaram os clientes informais (97%). O comércio lidera em termos de atividade, com 81% das transações. A Região Sul tem o maior número de agentes operadores e instituições conveniadas ao microcrédito, com 134 postos, seguida das regiões Sudeste (64 instituições) e Nordeste (56).Desde sua criação, em 2005, já foram assinados mais de 4 milhões de contratos, beneficiando mais de 4 milhões de pequenos empreendedores em comunidades carentes de todo o país. O volume financeiro registrado no período soma cerca de R$ 4,8 bilhões. No Rio, Lupi citou as comunidades da Rocinha e da Maré. “Na verdade, queremos estar onde o povo tiver necessidade. Onde não houver fisicamente agência, vai ter o agente operador. São pessoas treinadas, qualificadas para fazer esse tipo de operação e levar esse crédito a quem precisa.”O programa tem como fontes de recursos os depósitos especiais do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), além de parcela de 2% dos depósitos à vista das instituições financeiras públicas e privadas, chamados de depósitos compulsórios.