Barra da Tijuca discute desenvolvimento sustentável com empresas, ONGs e prefeitura

24/08/2009 - 11h27

Luiz Augusto Gollo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Paraíso da classe média carioca desde, pelo menos, os anos 80, aBarra da Tijuca estará em discussão no Encontro Barra Sustentável,amanhã (25) no Hotel Sheraton. Representantes da iniciativa privada, de organizações nãogovernamentais ambientalistas e do governo municipal farãoexposições de discutirão temas de importância, não só paraa Barra, mas sobretudo para a zona oeste do Rio, que se estende aosbairros de Jacarepaguá, Campo Grande e adjacências.“A ideia é fazer umfórum de debates, criar a oportunidade de reflexão sobre a Barra daTijuca, que é para onde a cidade cresce e onde o crescimentoimobiliário é preocupante”, resume Ana Cláudia Nery, funcionária do hotel e  autora da iniciativa. “Vamos assistir àsexposições, ver se o ecossistema está protegido e o que precisamosfazer, governo, empresários e terceiro setor, para corrigir asdistorções”.A partir da inauguraçãoda Linha Amarela, ligação direta do bairro com o centro e oaeroporto do Galeão, do outro lado da cidade, na Ilha do Governador,diversas empresas, inclusive multinacionais, preferiram transferir-sedo centro para um lugar mais calmo, agradável e com uma das vistasprivilegiadas do Rio.Uma dessasinstituições, o Instituto Terrazul, fundado em 1997 e desde 2000sediado na Ilha da Gigoia, coração da Barra, participa do encontro.Seu representante Marcos Sant’Anna adianta que a ONG atua nascomunidades carentes da região, sobretudo moradores de favelas comoRio das Pedras, Terreirão, Muzema,. Tijuquinha, Vila da Paz, Cidadede Deus e Gabinal. Nelas vivem cerda de 100 mil pessoas, mais dametade do total de habitantes da Barra da Tijuca - aproximadamente175 mil pessoas, pelo censo de 2000 do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).“Nossa atuação temo objetivo de conscientizar principalmente a população jovem.Ensinamos a fazer monitoramento da água, damos cursos deinformática, qualificamos para o mercado de trabalho local. Queremosque os jovens sejam multiplicadores dentro de casa, nos ambientes quefrequentam”, diz, “ou seja, estamos muito além de falar sobre ohistórico apenas, sobre a ocupação desordenada”.A exposição de MarcosSant’Anna no encontro tratará também de outra questão nevrálgicapara a iniciativa privada, ONGs e governos: ações de intervençãocom o objetivo de preparar o terreno para a Copa do Mundo de futebolde 2014 e, quem sabe, a Olimpíada de dois anos mais tarde.