BB espera dobrar em cinco anos participação na área de seguros

19/08/2009 - 15h38

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Banco doBrasil (BB), Aldemir Bendine, afirmou hoje (19) que espera dobrar,“talvez em cinco anos”, a participação do instituição na áreade seguros. Na semana passada, o BB retornou a liderança do rankingdas instituições financeiras no Brasil e passou a se preocupartambém com a reestruturação das operações do segmento deseguros. A participação da área de seguridade no resultado doBanco do Brasil é pequena, se comparada à dos concorrentes, e chegaa 12%.

“O banco é rápido eeficiente [para atingir a meta em cinco anos].E isso não é fundamental só para o BB, mas para qualquer banco epara o sistema bancário. A contribuição para a área de seguridadena composição de resultado de um banco é extremamente expressiva.Nós não temos ainda essa expressividade tão boa como alguns denossos concorrentes e queremos buscar esse mesmo grau de eficiência”,afirmou.

Segundo Bendine, existe umacordo de confidencialidade com os sócios para evitar comentáriossobre o assunto , mas o que BB quer é uma ampliação da captura devalor pela instituição. Ou seja, ampliar a participação nocapital que tem nessas empresas. Bendine não quis adiantar o cálculoda ampliação, mas admitiu que pode ficar entre 30% e 40%.

Quanto ao acordo fechadoentre a Nossa Caixa (comprada pelo Banco do Brasil) e o grupo Mapfre,do setor de seguros, Bandine informou que existe um contrato deexclusividade nos atendimentos de balcão com essa empresa, assimcomo existem contratos de exclusividade do Banco do Brasil com outrasempresas. “Mas o que nós estamos rediscutindo, dentro dessemodelo, é a questão da exclusividade no balcão único, que passa ahaver agora [depois da compra da Nossa Caixa]. Isso significaque a gente tem de optar por um sócio em detrimento de outro, em umdeterminado ramo”, disse.

Bandine explicou , noentanto, que acha difícil o BB optar apenas pela espanhola Mapfre,pois o banco estatal brasileiro deve respeitar a especialidade decada um dos sócios, que, segundo ele, “contribuíram muito para omodelo existente”.

Sobre a Aliança Brasil,cuja participação foi adquirida no ano passado pelo BB, AldemirBendine disse que a ideia é que, com a reorganização das operaçõesde seguro do banco, isso seja “melhor realinhado”. Já sobre aamericana Principal, o presidente do BB lembrou que trata-se de umaempresa que tem parceria com o banco na parte previdenciária, masnão quis antecipar como ficaria a situação da empresa, se houver oacordo com a Mapfre.

“É muito cedo parafalar sobre isso ainda. Qualquer uma das três eu acho que tempossibilidade de aumentar ou diminuir a participação”, ressaltouBendine, sem querer antecipar o modelo a ser adotado.

Ele disse ainda que teminteresse também de entrar no mercado de seguro imobiliários, queconsidera um setor rico, mas o banco ainda não tem um produto prontopara oferecer aos clientes.