Prefeito anuncia criação de estrutura paralela pata tratar dos casos de gripe suína no Rio

20/07/2009 - 17h03

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou nesta segunda-feira (20) que a Secretaria Estadual de Saúde anunciou a criação de uma estrutura paralela para cuidar especificamente dos casos de pacientes infectados com o vírus Influenza A (H1N1) - gripe suína. Paes não detalhou como será funcionamento dessa estrutura.As declarações de Paes foram dadas na Câmara de Vereadores, onde ele apresentou, após sete anos de postergação, uma proposta para a adoção do Plano Diretor da cidade.Paes admitiu, inclusive, a possibilidade da volta das tendas de campanha, montadas pelos militares para o combate à epidemia de dengue ocorrida em 2008, com milhares de pessoas contaminadas e dezenas de mortes.“As tendas podem ser uma alternativa, mas a Secretaria de Saúde é que vai dar mais informações sobre essas alternativas a serem adotadas. O que se montará é uma estrutura paralela. O que posso afirmar é que já dei autorização para que se faça qualquer tipo de contratação emergencial necessário para esse caso específico.”O prefeito do Rio admitiu a existência de deficiência na rede básica de saúde no Rio de Janeiro, o que, segundo ele, acaba levando as pessoas para a emergência dos hospitais que não é o local adequado para este tipo de tratamento. “Essa deficiência faz com que as pessoas se socorram da emergência do hospital. E o que nós estamos querendo é exatamente criar uma rede de atendimento básico especial para este caso, que é muito um caso de explicação para as pessoas não se misturarem na emergência, o que é importante.” Paes considerou importante que as pessoas se informem antes de se recorrer às emergências hospitalares. “O fato é que você tem um certo alarme da população, que também não tem como não se justificar, mas o importante é que as pessoas entendam isto. Ou seja: as emergências dos hospitais darão sempre prioridade aos atendimentos dos casos mais graves, e é para isto que servem as emergências.” O prefeito considerou importante que se tenha “um sistema à parte do tradicional para atendimento dos casos de gripe. O importante é que haverá um atendimento prioritário para os casos mais grave, os atendimentos de emergência, que serão identificados e direcionados para as unidades de saúde. Caso contrário você instrui a pessoa, recomenda-a que fique em casa, descanse, não é um problema de salas e equipamentos”. O Rio de Janeiro tem “problemas graves na sua rede de atendimento básico, e por isto, nesse caso especifico, nós vamos criar uma estrutura paralela para esse atendimento dos casos de gripe suína”, ratificou Paes.