Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com potencial para contratar cerca de 100 mil jovens de 14 a 24 anos,que tenham formação profissional, o Ministério do Trabalho quer estimular ocumprimento e a regulamentação da Lei do Aprendiz no Rio de Janeiro. Atualmente, somente 12% das vagas estão preenchidas no estado. Paramobilizar o empresariado fluminense e gestores de instituiçõespúblicas, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participou hoje (20), nasede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), do 1° Fórum Estadual da Aprendizagem.SegundoLupi, o ideal é mostrar como as empresas podem se beneficiar da lei,evitando sanções. “Queremos evitar multas. Vamos conscientizar, formare debater. O ideal é que [a contratação de jovens] seja voluntária”,afirmou. “O negócio é bom para todo mundo. A empresa investe em umjovem que se capacitará e depois pode dar um retorno”. Ao finaldo evento, as empresas devem assinar uma carta compromisso, assumindo a meta de contratar determinado número de aprendizes até o ano que vem.Aadministração pública será incentivada a participar do programa,assim como as empresas públicas. O ministro do Trabalho adiantou quepretende enviar à Casa Civil, nos próximos dias, um projeto de lei parainclusão do segmento na Lei do Aprendiz. Posteriormente, o documentodeverá ser aprovado pelo Congresso Nacional.Editada no ano2000, a lei estabelece que todas as grandes e médias empresas devemcontratar entre 5% e 15% de jovens, em relação ao número defuncionários efetivos, por meio de um contrato especial, de no máximodois anos. O foco são pessoas em situação de risco e deficientesfísicos.No país, segundo dados do ministério, cerca de 1,3milhão de jovens podem ser contratados por meio da lei. No entanto,apenas cerca de 140 mil estão empregados. O número é reduzido emrelação à meta do governo de inserir no mercado de trabalho 800 miljovens aprendizes até 2010.