Cafeicultura e suinocultura são setores mais críticos, diz Stephanes

15/07/2009 - 19h10

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou hoje (15) que a suinocultura,junto com a cafeicultura praticada no sul de Minas Gerais, sãoos setores mais críticos e preocupantes ligados à suapasta. No caso da carne suína, Stephanes deixou claroque o problema é o excesso de oferta.“Se nãose reduzir a oferta, não haverá solução possívelem curto prazo”, disse o ministro, durante churrasco feito com 14cortes de carne suína, na sede da Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária (Embrapa). O churrasco foi em comemoraçãoà posse do novo diretor-presidente da estatal, Pedro Arraes,e teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula daSilva e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Stephanes disse que háperspectivas de abertura de novos mercados, como a China, o Japãoe a Rússia que, segundo ele, admitiu apossibilidade de aumentar as cotas para importação decarne de países que não os da União Europeiae os Estados Unidos, beneficiados com cotasespecíficas. Entretanto, o ministro ressaltou que os novosclientes internacionais devem levar de seis meses a dois anos parainiciar a compra de suínos do país. De acordo com Stephanes, a influenza A (H1N1) –gripe suína – não influenciouas vendas da carne. “A exportação de suínosaumentou 6% no primeiro semestre deste ano em relaçãoao mesmo período do ano passado”, disse o ministro. Para ele, omercado interno é que precisa de um ajuste entre oferta e consumo.Também é necessário divulgar melhor oscerca de 100 cortes de carne suína produzidos no país. “Hoje fizeramaqui 14 cortes, e efetivamente o churrasco suíno é maisgostoso do que o de carne de boi, porque a carne é mais macia,é saborosa. Efetivamente, o churrasco suíno éuma boa opção, e ainda não é conhecida pelomercado”, comentou. Em relaçãoà cafeicultura, Stephanes disse que o problema estáconcentrado em cerca de 30% dos produtores, localizados no sul deMinas Gerais. Por causa da dificuldade em identificar os problemas, oministro disse que tem procurado falar diretamente com os produtores.“Não falo mais com representantes. Falo com agricultores,desde a vida que ele levam até os problemas que enfrentam”.O ministro reconheceuque as decisões sobre liberaçãode crédito e realização de leilões demoraram. Hoje,cerca de 10 mil contratos de opção de venda para 1milhão de sacas de café arábica foram negociadospela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao valor de R$950,15 cada. Com isso, os cafeicultores e as cooperativas que osadquiriram garantem a venda ao governo em 13 de novembro deste ano. Na próximaquarta-feira (22), haverá mais três leilões paraapoio à comercialização de mais 2 milhõesde sacas de café. Stephanes adiantou que outras medidas devemser tomadas para incentivar o setor. “Vamos estudar outrasintervenções no mercado, talvez até aquisiçãode estoques, se for necessário,”