Estimulação precoce garante avanços no aprendizado de crianças com Down

21/03/2009 - 12h20

Lígia Souto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A estimulação precoce é um dos recursos fundamentais para atenuar riscos ou atrasos no desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down, que apresentam dificuldades de aprendizado e complicações clínicas associadas. A opinião é da fonoaudióloga e consultora Katya Cabrera Rodrigues.Segundo ela, o atendimento especializado deve ser direcionado a faixa etária de zero a três anos com o objetivo de fazer com que o portador de Síndrome de Down esteja cada cada vez mais mais integrado às crianças que não têm a deficiência.De acordo com Katya, a estimulação precoce exige profissionais especializados. “Além de ajudar no desenvolvimento integral, de orientar e apoiar a família, ela ainda serve para fortalecer o vínculo afetivo da criança com seus pais e familiares”, diz.Na opinião da fonoaudióloga, o grande desafio da escola é ensinar e educar todasas crianças, incluindo as portadoras de necessidades especiais. Segundo ela, apesar das diretrizes nacionais para a educação especial básicaorientarem para a prática da inclusão, há carência de profissionais e professores preparadospara receber alunos especiais na escola. “As escolas precisam capacitarseus profissionais para que possam transmitir adequadamenteconhecimentos para todas as crianças e principalmente aquelas quenecessitam de atenção especial", alertou.Para a obstetra especialista em medicina fetal, Denise Araújo Lapa Pedreira, as novas técnicas do tratamento e a integração na escola contribuem para que as crianças com Síndrome de Down alcancem estágios cada vez mais avançados no desenvolvimento.A odontóloga paulista Érica Yoshida, mãe de Victoria, de três anos, conta que a filha com Sídrome de Down começou a terapia aos 10 dias de vida. “O que mais ajudou foi o fato de ter iniciado cedo a estimulação. Hoje, ela estuda em uma escola regular bilíngüe e tem contato diário com o inglês. Ela consegue acompanhar bem e está tendo um desenvolvimento adequado para sua faixa etária. A gente trabalha para que ela faça as coisas no mesmo ritmo que as outras crianças", relatou.