Senadores comentam redução da taxa básica de juros de 1,5 ponto percentual

11/03/2009 - 22h29

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Comissão de Acompanhamento da Crise, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), considerou positiva a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual. Segundo ele, “a redução da taxa de juros é um importante instrumento para evitar consequências maiores da crise externa sobre a economia brasileira”.Dornelles esperava uma redução ainda maior, em torno de 2,5 pontos percentuais na taxa Selic. “A decisão foi mais ousada que das outras vezes, é positiva, apenas eu esperava uma ousadia maior”, afirmou.O senador afirmou, ainda, a necessidade de que a decisão do Copom reflita na redução das taxas bancárias. Para Francisco Dornelles, a redução da Selic é sempre um referencial para os campos monetário e fiscal uma vez que reflete sobre as contas públicas e das taxas bancárias, por exemplo.Já o líder do PT,  senador Aloizio Mercadante (SP), afirmou que a forte desaceleração da economia registrada no último trimestre reforça a convicção de que a política monetária de redução da taxa de juros está atrasada no Brasil. “É muito bom o Banco Central reconhecer esta situação e iniciar o movimento de mais forte queda, agora em 1,5 ponto".O parlamentar disse que o Banco Central está na direção correta e, agora, cabe aprofundar aprofundar o processo de redução dos juros na medida em que a prioridade é a geração de empregos. Mercadante afirmou que cada ponto percentual reduzido da Selic representa “um alívio fiscal no pagamento dos juros da dívida de R$ 8 bilhões ao ano, abrindo espaço para o governo acelerar os investimentos em um cenário de queda da receita tributária sem comprometer as políticas sociais e o equilíbrio fiscal”.O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), cobrou do governo uma “decisão mais corajosa” quando o assunto for a redução da taxa de juros. “Reduzir taxas de juros agora já está com atraso. No mundo todo, quando a crise se aprofundou, os países cuidaram de reduzir as suas taxas de juros de maneira generalizada, mas reduziram mesmo”, disse.