Sarney considera gravíssima denúncia de espionagem

09/03/2009 - 23h26

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou “gravíssima” a denúncia de que o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) estaria sendo grampeado e sendo alvo de investigações ilegais. “Foi uma denúncia gravíssima, porque trata de espionagem de um membro da Casa. E isso, certamente constitui um crime que nós não podemos tolerar”, disse.Sarney informou que pediu aos órgãos encarregados de apurar os delitos que façam as investigações necessárias para apurar o caso. O presidente do Senado afirmou que pediu ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que faça por meio da Polícia Federal as investigações. Sarney disse que enviou  ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, mais um ofício pedindo a presença de um representante do Ministério Público para acompanhar as investigações, “para mostrar absoluta transparência dessa investigação”.Ao ser questionado sobre a atuação do delegado Protógenes Queiroz e a existência de um estado policialesco, o senador José Sarney disse: “Acho que nós atravessamos um período muito difícil nesse sentido. E, realmente, nós tivemos muitos excessos, dando a impressão e até mesmo criando, no meio da população, um certo medo a respeito de ações que extrapolassem a parte legal e ferissem o Estado de Direito”, afirmou. Segundo o senador José Sarney, nesse tipo de situação é preciso lembrar uma frase antiga sobre a importância de se lutar sempre pela liberdade. “O preço da liberdade é a eterna vigilância. O preço do Estado de Direito é, realmente, o permanente controle da sociedade e de todos nós para que ele possa existir. Não devemos de qualquer maneira dormir, no sentido de vigiar cada dia, porque é a garantia do cidadão e da liberdade”, disse.