Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Terminou há pouco, na sede da Polícia Federal (PF) em Manaus, a destruição das seis bombas que foram encontradas durante as investigações que apuram as causas da explosão ocorrida no local na última sexta-feira (27). Uma única explosão foi necessária para detonar todo o material.De acordo com o superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Fontes, os seis artefatos podem ter relação com a explosão da última sexta-feira. Entre esses objetos – que, no domingo, foram localizados no mesmo andar do local da explosão -  estão quatro bombas de pesca caseiras que foram apreendidas pela Polícia Federal antes de serem utilizadas em pescarias ilegais.“Não descartamos essa possibilidade. Nesse momento, esses artefatos oferecem risco e por isso serão detonados. Esses artefatos foram encontrados ontem (1), pela manhã, e ainda não temos certeza se são os únicos. Podem haver outros, mas tudo realizado dentro das regras de segurança que regem esse tipo de procedimento”, explicou.Sobre o andamento das investigações, Fontes informou que a expectativa é ter, até a próxima sexta-feira (6), a conclusão da perícia. Ele também reiterou que as causas da explosão ainda estão sendo investigadas e que, segundo depoimento de outro policial federal que esteve no local da explosão meia hora antes do acidente, as vítimas tentavam abrir a bomba d'água em forma de cilindro.“A  PF trabalha com fatos e provas e isso não quer dizer que foi a bomba de água que explodiu. A última coisa que eles foram vistos fazendo foi tentar abrir a bomba d'água, mas não quer dizer que eles não possam ter pegado em outro material. Estamos trabalhando com todas as hipóteses, desde acidente de trabalho até armadilha, que neste momento para nós é uma hipótese remota, levando-se em consideração alguns indícios. Só com o resultado da perícia poderemos dizer o que deverá ser investigado”, acrescentou o delegado.Um inquérito policial foi instaurado para investigar as causas do acidente. No momento, sete peritos em explosivos de Brasília e um de Salvador estão diretamente envolvidos nas investigações. Outros peritos e agentes da PF de Manaus também colaboram com os trabalhos.Sérgio Fontes declarou que o único sobrevivente da explosão – Marcos Antônio Mota Ferreira - está fora de perigo. “Ele também será ouvido, mas não agora. Fisicamente não teve nenhuma seqüela, mas emocionalmente ainda está sob efeito do forte trauma”, informou.