Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os ministros do Brasil e do Paraguai se reunirão na próxima segunda-feira (26), em Brasília, para tratar de questões de interesse dos dois países sobre a Hidrelétrica de Itaipu. De acordo com o governo brasileiro, o encontro de trabalho tratará apenas de assuntos técnicos e administrativos e avaliará os avanços de temas tratados desde a visita do presidente paraguaio, Fernando Lugo, ao Brasil, em setembro passado. Ainda não estarão sobre a mesa demandas históricas do país vizinho, como a revisão do preço da energia comprada pelo Brasil e a auditoria da dívida do Paraguai referente à construção da usina. “Todos temos conhecimento de pleitos históricos do Paraguai e da posição histórica do Brasil em relação à inviolabilidade do tratado [de criação de Itaipu]. O que se procurou fazer é criar um canal de consultas e de diálogo para homogeneização de informações sobre Itaipu e para dirimir dúvidas”, resume Luiz Eduardo Melin, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega. “A reunião não terá nenhum caráter de divisor de águas ou de marco histórico”, disse. Melin representou Mantega em discussão preparatória à reunião de segunda-feira. O encontro , realizado hoje (22) no Itamaraty, durou quatro horas e contou a presença dos Ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim e de Minas e Energia, Édson lobão, do Assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, do presidente da Eletrobras, Antonio Muniz, do diretor-geral interino da Itaipu, Antonio Otelo Cardoso, e do diretor jurídico de Itaipu, João Bonifácio Cabral Júnior. Quanto às demandas paraguaias, Melin diz que o Tesouro brasileiro não cogita assumir a maior parte da dívida, e garante que tal proposta sequer chegou a ser apresentada pelo governo do país vizinho. “Na mesa, o que está sendo trabalhado são as questões de Itaipu, as questões de administração, de programas de investimento, de metodologia para a parte de receitas, composição e cálculo de preços e isonomia nas metodologias”, afirmou.