Queda do emprego na indústria é reflexo da crise financeira internacional, avalia IBGE

12/01/2009 - 23h58

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A queda de 0,6%registrada em novembro no nível de emprego na atividade fabril reflete o menor dinamismo que atingiu a produçãoindustrial no Brasil a partir de outubro. A avaliaçãoé do economista coordenadoria deIndústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) André Macedo. Segundo ele, esse movimento ocorre em conseqüênciado agravamento da crise financeira internacional que dá sinaisde estar atingindo a atividade.O resultado da PesquisaMensal de Emprego e Salários, divulgada hoje (13) pelo IBGE mostra que em novembro o emprego na indústria teve o piordesempenho desde outubro de 2003, quando houve queda de 0,7%.De acordo com Macedo, odesempenho foi prejudicado por paradas técnicas nãoplanejadas e férias coletivas concedidas nesse período.“Esses fatores jáhaviam afetado a produção industrial nos meses deoutubro e novembro e agora se refletem nas variáveis domercado de trabalho. Sempre que ocorre um menor dinamismo naatividade produtiva ocorrem reflexos num primeiro momento no númerode horas pagas e em seguida no pessoal ocupado na atividade”,afirmou.De acordo com apesquisa do IBGE, em novembro as horas pagas registraram queda de1,7%, a maior retração já observada desde oinício da série, em janeiro de 2001. O levantamento mostra, ainda, que o valor da folha de pagamento do pessoal ocupadona atividade encolheu 2,7% frente a outubro.