Para Federação Israelita, manifestação contra ação israelense faz gerar mais ódio

11/01/2009 - 16h57

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O assessor executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Jairo Roizen, considerou hoje (11) que a manifestação realizada na capital paulista contra a ação militar de Israel na Palestina, para denunciar a morte de civis na Faixa de Gaza, colaborou para “importar” o conflito do Oriente Médio para o Brasil. Apesar de reconhecer a manifestação como legítima, Roizen julgou que algumas ações dos manifestantes, como queimar a bandeira israelense, coopera para que seja gerado ódio contra os israelitas residentes no país e que isso não contribui com a paz.“Eu achei que essa manifestação foi negativa. A gente viu pessoas misturando assuntos que não têm a ver com esse conflito no Oriente Médio: Hugo Chávez, Estados Unidos; colocando partidos políticos, PSTU, P-SOL, queimando a bandeira de Israel. Infelizmente, eu acho que as pessoas que estavam nessa manifestação contribuíram para a importação desse conflito para o Brasil, queimando a bandeira de Israel, gerando ódio contra o povo israelita que vive aqui no Brasil”, disse.Segundo Roizen, não são apenas os palestinos que enfrentam uma situação grave diante do conflito. De acordo com ele, os israelenses também vivem uma realidade difícil. “Não é porque as imagens mostram mais palestinos mortos, mais palestinos em situações difíceis, que os israelenses também não vivem em situação difícil. Os israelenses vivem hoje em bunkers, vivem com medo, com alerta de sirenes, precisam se esconder em 15 segundos para se defender dos mísseis lançados pelo Hamas”, afirmou.