Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pelo menos trêsde cada dez municípios brasileiros têm favelas, casassobre palafitas e outras moradias consideradas precárias. Essas construçõessão mais freqüentes nos municípios mais populosos,conforme dados da Pesquisa de Informações Municipais(Munic), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE).De acordo com olevantamento, o percentual de municípios que relataramexistência de favelas passa de 27,7% (naqueles com até50 mil habitantes) para 70,8% dos 319 que têm entre 50 mil e100 mil habitantes, chegando a 84,7% dos 229 municípios quetêm entre 100 e 500 mil habitantes. Das 37 cidades compopulação acima de 500 mil habitantes, só Cuiabáinformou não ter esse tipo de moradia.Na análise porregiões, o estudo constata que as favelas são maisfreqüentes no Norte e Sul, onde 41% dos municípiosinformaram conviver com este tipo de habitação. Emseguida, aparecem o Nordeste (32,7%), o Sudeste (29,7%) e oCentro-Oeste (19,5%).Os loteamentosirregulares ou clandestinos estão presentes em mais da metadedos municípios brasileiros (53,2% de um total de 5.564). Amaior parte deles está no Sul (62,4%) e a menor, no Nordeste(41,9%).O estudo mostra, ainda,que as políticas públicas voltadas para a áreade habitação foram executadas, nos últimos doisanos, por 80,2% das prefeituras. As Regiões Nordeste eCentro-Oeste foram as que lideraram a lista, com 85,9% e 90,8% demunicípios com programas de moradia, respectivamente. Poroutro lado, no Sudeste foi registrada uma proporção de70,6%, considerada baixa pelo IBGE.Entre os estados,conforme consta no levantamento, o Amapá obteve o menorpercentual (37,5%) enquanto o Tocantins (97,8%) apresentou a maiorproporção de iniciativas nessa área.