Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Até agora, o setor hoteleiro brasileiroem geral não sofreu os reflexos da crise externa. “Nãotivemos nem cancelamentos. O turismo em geral no Brasil está bem atédepois do carnaval, que é a nossa alta estação”, disse, no Rio deJaneiro, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis(ABIH), Álvaro Bezerra de Mello.
Segundo ele, a redução dos turistas internacionais este ano, provocada pelavalorização do real, fez com que a rede hoteleira buscasseoportunidades na crise. Como o dólar elevado impede viagens debrasileiros ao exterior, o setor está promovendo oturismo interno. E tem obtido resultado satisfatório. “Estamostendo esse fluxo nacional que está nos ajudando muito agora”.
Neste final do ano, a taxa de ocupação tem se mostrado “excepcional”, disse Bezerra de Mello. Nos hotéis do Rio de Janeiro, a ocupação está acima de 90%. “Há muito tempo que não tínhamos uma ocupação tão boa”.
Osetor está trabalhando no momento com uma parcela de 85% de turistasnacionais e 15% estrangeiros. Ele enfatizou que levará algum tempo atéo turista internacional saber que o Brasil ficou mais barato, devido àdesvalorização da moeda. O esforço para comunicar esse fato deve serconjunto, envolvendo governo, empresários, operadoras de turismo e aEmbratur.
O presidente da ABIH acredita que o movimento continuará bem até o desfile das campeãs do carnaval,no final de fevereiro de 2009. Os maiores destaques são as cidadeslitorâneas Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Ilha Bela, Angra dosReis. Salientou que a meta agora é começar a trabalhar para preparar o período pós-carnaval e também a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.
Álvaro Bezerra acredita que depois da Copa do Mundo, “o Brasil vai decolar. Aconteceu isso em Barcelona, em Sidney”. Em 2009, entretanto, a avaliação da ABIH é que os turistas domésticos vão continuar prevalecendo nos hotéis brasileiros.