Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Democratas apresentouhoje (16) cinco sugestões para ajudar o país a reduziros impactos da crise financeira internacional. A idéia,segundo o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), éaprovar as medidas em "no máximo seis meses"."Somos minoria,mas vamos assumir até mesmo a postura de impopulares, porquese não houver cortes, não haverá investimentos.Se vai quebrar o banco A ou B não deve ser uma preocupaçãonossa, mas temos que nos preocupar em aprovar medidas que evitem umarecessão, porque se isso ocorrer, milhares ficarão semempregos", disse.Entre as propostas estáa autonomia do Banco Central, inclusive com a realizaçãode uma Comissão Geral no Congresso na próxima semanapara discutir o assunto. O partido quer explicações dopresidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e de diretores dainstituição, ligados à área de câmbio,sobre as ações tomadas na crise. "Acho que o BancoCentral atuou mal, mas o presidente Meirelles tem sido peçaimportante para manter a estabilidade do país. Esse fatoisolado não deve manchar de todo sua atuação",ponderou Rodrigo Maia.As outras medidasprevêem a redução das despesas com pessoal eencargos sociais até 2016, regulamentar artigo da Constituiçãoque trata da estruturação do Sistema FinanceiroNacional, estudar cortes no Orçamento do ano que vem e frear a criação do Fundo Soberano."O Fundo Soberanoé uma excrescência. O Brasil tem déficit nominaltodos os anos e vem o governo falar em acumular o excesso para darcrédito no exterior?", questionou.O Democratas aindapretende protocolar uma Ação Direta deInconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF)questionando a MP 439, que concedeu crédito de R$ 15 bilhõesao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), aprovada ontem (15) no plenário da Câmara. Aproposta ainda precisa passar por aprovação do Senado.