Entidades civis apóiam medidas adotados pelo Equador contra Odebrecht

29/09/2008 - 13h46

Da Agência Brasil
Brasília - Entidadesda sociedade civil, como o Instituto de Estudos SócioEconômicos (Inesc), o Movimento dos Atingidos por Barragens(MAB)e a Rede Brasil sobre Instituições FinanceirasMultilaterais, divulgaram hoje (28) nota de apoio aogoverno equatoriano de responsabilizar a empresa Odebrecht pelos “mausserviços prestados” ao país, “especialmente em relaçãoà Central Hidrelétrica San Francisco”.Segundoas entidades, é justo o governo equatoriano exigir da empresauma reparação financeira pelo mau funcionamento dacentral, “financiada comrecursos públicos de cidadãs e cidadãosbrasileiros por meio do Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES)”.Asentidades lembram que a Odebrecht foi a responsável pelaconstrução da inha 4 – amarela – do metrô deSão Paulo quando no dia 12 de janeiro de 2007, parte daconstrução desmoronou matando sete pessoas e deixandovárias feridas. “Entendemosque as ações adotadas recentemente pelo governo doEquador buscam incidir não apenas sobre os graves impactoscausados pelos problemas na citada hidrelétrica”, afirma anota. Anota também pede ao governo brasileiro e ao BNDES que forneçamesclarecimentos sobre o financiamento dado pelo banco à Odebrechtpara executar a obra no Equador. “A ausência de transparêncianesta operação financeira realizada com recursospúblicos compromete a capacidade da sociedade para avaliar ocaso com clareza”, diz a nota.Nodia 23 o governo do Equador bloqueou os bens da empresa Odebrecht sobo argumento de falhas no funcionamento e paralisação da Central Hidrelétrica San Francisco, construída pelaempreiteira. O governo também exigiu o pagamento de umaindenização à empresa pelos danos causados aoEquador. Nosábado (27) o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciouque a construtora brasileira tinha feito uma proposta ao governoequatoriano na qual aceitava todas as exigências feitas pelosequatorianos quanto às indenizações e reparosnas falhas da Central Hidrelétrica San Francisco. Agora,Correa vai estudar a proposta feita pela empresa, mas nãodeterminou um prazo para responder a Odebrecht.