Lobão e Gabrielli dizem que preço da gasolina não muda

15/09/2008 - 16h38

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro de Minas eEnergia, Edison Lobão, e o presidente da Petrobras, JoséSergio Gabrielli, afirmaram hoje (15) que a estatal manterá asua política de não repassar para o mercado interno asoscilações do preço do barril do petróleono mercado externo. Os dois disseram que não vêemmotivos para reajustar, para cima ou para baixo, o preço dagasolina e do diesel.Gabrielli lembrou que quando opreço do barril de petróleo estava subindo, aestatal manteve estável o preço da gasolina no mercadointerno. E agora, com o preço do barril no mercado externocaindo de US$ 140 para US$ 100, também nãohaverá mudanças.“Eu venho reiterandoque nossa política é de trabalhar com o preço dagasolina no longo prazo, não repassando para o mercado internoa volatilidade do barril do petróleo no exterior. Essapolítica não mudou. Quando o petróleo estava emalta por vários anos nós mantivemos o preçoinalterado e agora não há porque adotar posiçãocontrária, porque o produto esta em queda”, disse.O ministro Edison Lobãoratificou as palavras do presidente da Petrobras. “Nossa políticanão é de transferir a flutuação domercado externo para o interno. Não o fizemos quando opetróleo foi a US$ 140 o barril e não o faremos agoraque ele caiu para US$ 100”, afirmou.O ministro lembrou queno recente aumento promovido pela Petrobras - de 10% para a gasolinae de 12% para o diesel - o governo teve a preocupaçãode poupar o consumidor. “Quando houve umapequena elevação no preço do diesel e dagasolina no primeiro semestre do ano, ele não foi repassado aoconsumidor pela flutuação atual, mas pelo acumulado dosúltimos anos. Nós não adotamos estápolítica de repassar a volatilidade [flutuação]externa para o mercado interno”, disse.O presidente daPetrobras disse que não vê motivos para uma quedasignificativa no preço do barril de petróleo, no curtoprazo, e que a oferta está mais ou menos empatada com oconsumo. “Esta queda [nopreço do barril] teve muito mais relação como lado financeiro [a especulação]. Há umatensão e isso faz com que os movimentos se exacerbem, mas nãoacredito em uma queda ainda maior. Não há razãopara isto”, afirmou.