Comerciante chinês Law Kin Chong deixa a cadeia

16/03/2008 - 18h13

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O comerciante chinês,naturalizado brasileiro, Law Kin Chong deixou a cadeia na tarde dehoje (16). De acordo com a Secretaria de AdministraçãoPenitenciária (SAP) do estado, a direção dopresídio José Augusto César Salgado, em Tremembé(SP), onde o chinês esteve preso, recebeu hoje todos osdocumentos exigidos para a liberação do empresário.Segundo informações da Polícia Federal(PF), o comerciante foi preso no dia 14 de novembro 2007 em sua casano Morumbi, bairro da zona Sul de São Paulo, por crime decontrabando e descaminho, lavagem de dinheiro e crime contra apropriedade intelectual, conhecido como pirataria. Naocasião, o shopping que pertencia a Law, localizado na VilaPari, na capital paulista, foi alvo de busca e apreensão pelaPF. Entre o material apreendido, estavam diversos artigosfalsificados, vídeo games, aparelhos de som, chip de memóriapara máquinas fotográficas e outrosequipamentos.Quando foi preso em novembro, Chong jácumpria pena em regime aberto, desde junho de 2007, quando ele deixouo Instituto Penal Agrícola (IPA), na cidade de Bauru, a 343 kmde São Paulo. Ele havia sido preso,pela primeira vez, no dia 1º de junho 2004, por corrupçãoativa, tráfico de influência, formação dequadrilha e impedimento de funcionamento de ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a pirataria nopaís. A prisão preventiva foi emitida pela 6ª Varade Justiça Federal de São Paulo.O empresáriofoi preso em flagrante no escritório do então deputadofederal, Luis Antônio Medeiros (PL-SP), com U$ 75 mil, emespécie. O dinheiro era parte do pagamento de U$ 1,5 milhãopara mudar o teor do relatório final da CPI. De acordo comacerto mantido entre Medeiros e o chinês, o deputado receberiaainda R$ 30 mil mensais para interferir na nomeação dochefe da Delegacia Especializada de InvestigaçãoCriminal (Deic), da Polícia Civil de São Paulo.Aprisão de Law contou com a colaboração dodeputado Medeiros, que fez a denúncia e marcou o encontro parao pagamento da primeira parcela do acordo firmado.