Para pesquisador, São Paulo ainda é o carro-chefe da economia nacional

06/01/2008 - 16h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O estado de São Paulotem apresentado um vigor econômico cada vez mais alto. A avaliação é do pesquisador doDepartamento de Economia e População da Fundação Joaquim Nabuco, ligada aoMinistério da Educação, Luis Henrique Romani de Campos, com base em dados divulgados no final do anopassado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativosao Produto Interno Bruto (PIB) estadual e municipal. “O que está havendo é que outras regiõesestão crescendo menos e o estado de São Paulo ainda é o carro-chefe da economianacional. Essa desconcentração de renda  é bem pequenininha. É quasedesprezível hoje no Brasil. A situação ainda é da maior parte da riqueza serproduzida no Sudeste e o carro-chefe da economia brasileira ser o Sudeste”,analisou.Luis Henrique Romani  informou que dois fatores operam em conjunto para isso. Um deles é o fator climático.Segundo ele, aquelas regiões sofrem muito com as secas repetidas, têm solos pobres e sãopouco favorecidas em termos de infra-estrutura de estradas e energia elétrica.“Tudo isso faz com que o PIB não possa crescer nessas cidades”, afirmou.Outro fator é o chamado capital social. Romani deCampos afirmou que as cidades identificadas pelo IBGE como de menorPIB no Brasil “são regiões onde a escolaridade é muito baixa, com poucaparticipação da população nas decisões políticas. E acaba  aindavigorando um padrão de política arcaico, que dificulta que se consiga mudaressa realidade. Se o político não quer mudar a realidade, ela não muda”,comenta. O pesquisador avalia ainda que algumas poucas famílias aindadominam nessas cidades de menor PIB e têm pouco interesse em mudar arealidade.