Conferência debate os desafios empresariais dos Arranjos Produtivos Locais

27/11/2007 - 22h51

Camila Vassalo
Da Agência Brasil
Brasília - As potencialidades de cada setor empresarial e as principais barreiras para o desenvolvimento de empresas inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APL´s) são as principais discussões da 3ª ConferênciaBrasileira de Arranjos Produtivos Locais, que começou hoje (27) emBrasília.  “Nessa terceira conferência discutiremos as principais barreiras para odesenvolvimento regional e local das micro e pequenas empresasinseridas em arranjos produtivos locais”, explica Cândida Cervieri,diretora do Departamento de Micro, Pequena e Médias Empresas doMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Os arranjos produtivos locais são definidos como a aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal, em um mesmo espaço geográfico (um município, conjunto de municípios ou região), com identidade cultural local e vínculo.De acordo com a diretora do ministério do Desenvolvimento, “o governo federal vem concentrando-se no sentido de orientar e coordenar ações que colaborem com o desenvolvimento regional, a geração de emprego e renda e que estimulem exportações, sempre atuando em eixos temáticos. Esses eixos são: crédito e financiamento, governança e cooperação, tecnologia e inovação, formação e capacitação, acesso a arranjos produtivos, tanto no mercado interno como no externo”, disse a diretora.Segundo Cervieri, de 2004 a 2007, o ministério alcançou uma série de avanços com o Grupo de Trabalho Permanente de Arranjos Produtivos. Em 2004, foram trabalhados 11 arranjos pilotos. No período de 2005 a 2007 foi feito um levantamento institucional e foram identificados 955 arranjos produtivos no país. Desse total, foram definidos 142 como prioritários, pelos governos estaduais.Segundo ela, no período de 2006 a 2008 serão trabalhados 270 arranjos considerados prioritários pelos governos. Para cada arranjo produtivo serão definidos planos de desenvolvimento com ações de curto, médio e longo prazo.“Hoje nós temos 48 planos de desenvolvimento apresentados, por dez estados, ao grupo de trabalho do ministério”, disse Cervieri.Participam da conferência, empresários, líderes setoriais, acadêmicos, gestores de APLs, representantes dos Núcleos Estaduais de APLs e de instituições governamentais de apoio aos Arranjos Produtivos Locais de todo o Brasil. Entre as discussões, os desafios das políticas públicas, enfatizando o planejamento integrado e sustentável da localidade e do setor; a associação a valores e a identidades histórico-culturais; a necessidade de preservação do meio ambiente; e o incremento do capital.