Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Depois de passar por diversos pontos turísticos do Rio, como a Baia da Guanabara, o Morro da Urca e praias da zona Sul, a tocha Parapan-americana chegou ao destino final neste dia derevezamento: a Praça do Leme.Nos quilômetros finais, ela foi conduzida por doisícones do movimento pelos direitos dos deficientes no Brasil: o ator MarcosFrota e o cantor Gabrielzinho do Irajá, que é deficiente visual.Ao chegar no local, a chama foi passada para uma lanterna. O mesmo fogo será usado para acender atocha na cerimônia de abertura do Parapan, marcada para amanhã (12).Marcos Frota destacou os avanços brasileiros nodesenvolvimento do esporte paraolímpico. Para o ator, os jogos são uma oportunidade para colocar reivindicações em pauta. Ele diz que o esporte é oinstrumento mais poderoso de inclusão, tanto para as pessoas com deficiênciacomo para os jovens em situação de risco social. “A auto-estima e a capacidadede ser olhado por aquilo que ele é, e não se lhe falta um órgão, fica muitoevidente no esporte”.Para Gabrielzinho do Irajá, que tem 11 anos de idade, conduzir a tochaParapan-americana foi um presente. O menino, que já pensa em começar apraticar esportes, destacou a realização dos jogos no Brasil. “Émuito importante para que a Nação se espelhe em grandes atletas, nãosó deficientes, mas nas pessoas ditas ‘normais'".O fim do revezamento da tocha também teve apresentações artísticas do grupo de capoeira Abadá e de um grupode ginástica rítmica da Secretaria Municipal de Educação, composto por meninascom Síndrome de Down.