Irene Lôbo e Bárbara Lobato
Da Agência Brasil
Brasília - A América Latina registrou, entre 2004 e 2006, aumento de 140 mil no número de infecções por HIV, o vírus da aids. Nesse período, 65 mil pessoas morreram vítimas da doença na região. Os dados são do relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) de 2006, que estima que o maior número de pessoas infectadas vive nos maiores países da América Latina: Argentina, Brasil, Colômbia e México.
“A transmissão do vírus HIV está inserida num contexto de pobreza e migração generalizada”, aponta o relatório. “Os setores mais pobres da população parecem ser também os maisvulneráveis. As pessoas com pouca informação são as que apresentamníveis crescentes de infecção.”No Brasil, estima-se que existam cerca de 620 mil pessoas contaminadas pelo vírus HIV. Em todo o mundo, um total de 39,5 milhões de pessoas vivia com aids em 2006, 2,6 milhões a mais do que em 2004.Destes, 24,7 milhões estão na África Subsaariana.Dototal de infectados no mundo, o número de adultos e crianças que contraíram ovírus em 2006 foi de 3,4 milhões, quase 400 mil a mais que o registradoem 2004. O relatório do Unaids informa que, na maioria das regiões analisadas nomundo, as infecções pelo vírus da aids se concentram entre os jovens.“Entre os adultos de 15 anos ou mais, os jovens representam cerca de40% das infecções contraídas em 2006."Entre2004 e 2006, o número de pessoas infectadas em todo o mundo aumentou,mas o índices mais preocupantes, segundo o Unaids, estão na ÁsiaOriental e Central e na Europa Oriental. Nessas regiões, o número depessoas que viviam com o HIV em 2006 foi 21% maior que em 2004.