Para Jarbas Passarinho, ACM não foi um "sanguessuga" da política

21/07/2007 - 14h49

Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Eleviveu para a política, e não da política. Esta éa definição do ex-ministro e ex-senador JarbasPassarinho sobre o senador Antônio Carlos Magalhães,que morreu ontem (20), aos 79 anos, e será enterrado hoje, às 17 horas, em Salvador. “Ele não se transformouem um sanguessuga, uma pessoa quevivendo da política, enriqueceu. Esse reconhecimento nóstemos que ter de Antônio Carlos”.ACM era “uma liderança muito forte, até mesmo autocrática"."Fez amigos e inimigos, na medida em que mantinha seu ponto devista irredutível, mas foi extremamente útil emmomentos turbulentos da vida brasileira, porque soube tomaratitudes”, afirmou Passarinho ementrevista à Radiobrás.“Houvemomentos em que eu tive surpresas com a atuação dele,surpresas não muito agradáveis, mas na maioria dasvezes eu respeitei e aplaudi os atos que cometeu na vida”, afirmou.JarbasPassarinho relembrou a força e a influência que ACMsempre exerceu junto ao povo da Bahia e o quanto ele fez pelo seuestado. “O seu maior legado será na Bahia. Era um dosnomes de influência no Congresso, mas não era umliterato no campo político, que tivesse deixado uma missãodentro das variantes que existem das diversas formas de opiniõescontemporâneas políticas e sociais”. Para ele, no entanto, o senador começou a "declinar" depois da morte do filho Luís EduardoMagalhães, em 1998.