Mercosul continua sendo prioridade brasileira, diz Mantega na Argentina

09/03/2007 - 20h08

Agência Telam

Buenos Aires - Na entrevista coletiva concedida hoje (9) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Buenos Aires, não faltou uma referência dobrasileiro à visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, aoBrasil. “Bush não busca um tratado de livre-comércio com o Brasil, e simpretende maior cooperação para fomentar a produção de etanol, portanto deveficar claro que a prioridade do Brasil é o desenvolvimento do Mercosul”,indicou Mantega. Mantega manteve encontro com a ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli. Os dois anunciaram a incorporação do Brasil ao grupo que define a criação do Banco do Sul, instituição financeira regional. Durante a reunião, os ministros avançaram também em temas como aeliminação da dupla tributação no comércio bilateral e a utilização de moedaslocais para as transações entre os dois países a partir de 1o dejulho. Quanto à eventual eliminação da dupla tributação nastransações comerciais entre Argentina e Brasil, Miceli admitiu que se analisam“medidas concretas que envolvem o comércio de ambos os países”. Mantegareconheceu que o fim da dupla imposição foi “proposta pela Argentina em 2004 enós estamos de acordo em resolver esse tema de forma favorável”. Outro ponto acordado pelos dois ministros foi pôr em marcha,em curto prazo, a implementação de um sistema de pagamentos em moeda local,deixando de lado o dólar norte-americano como moeda de referência nastransações comerciais bilaterais. “A data prevista para começar essamodalidade é 1o de julho e estamos convencidos de que permitirá umaimportante redução de custos para as empresas que operem com moeda local”,concordaram Miceli e Mantega. Finalmente, a ministra Miceli fez uma referência ao encontrode governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que serealizará na próxima semana na Guatemala. “Vamos trabalhar na reforma internado BID. Analisaremos algumas iniciativas da instituição vinculadas à energiasustentável e pediremos um maior financiamento para os projetos do setorprivado”, concluiu a ministra.