Financiamento do BNDES ampliará saneamento básico a moradores do norte fluminense

16/02/2007 - 23h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 200 mil pessoas do município de Campos dosGoytacazes, no norte fluminense, serão atendidas pelaampliação  dos sistemas de esgoto sanitário no perímetrourbano. O projeto, da concessionária Águas do Paraíba,já teve financiamento aprovado pelo Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 9,87 milhões. O prefeito de Campos, AlexandreMocaiber, informou que 93% do município têm água potável, mas por ficar em uma planície, ainda tem problemas com o esgoto na área urbana. O financiamento, informou, será para expansão das redes coletoras e a concessionária que desde 1999 substitui a estatal Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), "foi considerada, em pesquisa recente, o melhor serviço da cidade". Mocaiber lembrou que há três anos, quandohouve um problema de poluição no Rio Paraíba do Sul, provocadopelo  rompimento de uma represa de Minas Gerais, o abastecimento de água teve de ser interrompido durante quase uma semana. "Hoje, o convênio feito pela prefeitura com a concessionária prevê que, se houver qualquer interrupção, cem por cento do fornecimento pode ser acionado de outras origens que não o Rio Paraíba do Sul", informou. De acordo com dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Campos dosGoytacazes possui uma população de 445 mil pessoas. O financiamento aprovado pelo BNDESpermitirá coletar e tratar os esgotos de cerca de 50% da populaçãourbana da cidade. Segundo o BNDES, os níveis de eficiência de remoçãode cargas poluentes do projeto atingem 90%. Noano passado, a instituição desembolsou R$ 300 milhões para a área de saneamento ambiental, contra R$ 270 milhões no ano anterior. Asaprovações de projetos atingiram R$ 240 milhões em 2006. Entreaprovados e com recursos liberados, foram atendidos projetos de oitoestados (Goiás, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, MatoGrosso, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo) e do Distrito Federal,revelou a assessoria do BNDES. O diretor das áreas de Inclusão Social ede Crédito da instituição, Élvio Gaspar, assegurou que não há limite derecursos para o saneamento básico. E lembrou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) contribuirá para aliberação de projetos que se acham contingenciados na carteira doBNDES, dependendo de autorização  do Banco Central e do TesouroNacional.