Crise não será resolvida rapidamente, avalia sindicalista

02/11/2006 - 19h55

Mariana Schreiber
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A crise no controle do espaço aéreo Brasileiro levará tempo para sersolucionada, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadoresde Proteção ao Vôo, José Carlos Botelho. Segundo ele, a atual restrição do número de vôoscontrolados simultaneamente por cada operador não se trata de uma operaçãopadrão, mas à falta de profissionais e ao tempo de reposição. As regrasinternacionais determinam 12 vôos por controlador. “Os setores estão fechados porque não temos operadores suficientes. O problemamaior está na área de centro de controle, em que a operação é mais complexa,exigindo que o operador seja experiente”, explicou. “Em São Paulo, porexemplo,  temos 30 pessoas recém saídas da escola que não podemos demaneira nenhuma colocar para operar o radar. Eles precisam de tempo para ganharexperiência”.O presidente do sindicato disse que o problema da falta de pessoal foi agravadopelo afastamento de controladores envolvidos no acidente com o Boeing 737-800da Gol e o jato Legacy.“A partir do momento em que 18 controladores não puderam mais trabalhar, porquestões psicológicas, não tínhamos mais homens para substituí-los. Essa é arazão do caos. E essa situação não se limita à Brasília, mas ocorre também em São Paulo, no Rio deJaneiro e em vários outros locais”.