Carolina Cabral
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) paralisaram suas atividades hoje (25), no estado, por 48 horas. Eles reivindicam mudanças nos critérios de distribuição de senhas do sistema operacional do Instituto.Segundo Janira Rocha, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev), os servidores dizem que não podem ser apontados como suspeitos de crime contra o INSS pelo fato de alguém ter entrado no sistema operacional para fraudar benefícios usando a senha de um deles."O que nós estamos exigindo são medidas para impedir que os servidores sejam colocados nessa situação. Por exemplo, cada servidor da Previdência que vai conceder um benefício tem uma senha, essa senha é enviada a ele pela Dataprev [serviço de processamento de dados da Previdência]. Antes que a senha chegue a ele, pelo menos cinco pessoas têm acesso a essa senha. Quem é que tem moral para dizer, quando o benefício é fraudado, se foi um servidor do órgão?", indagou. Segundo Janira Rocha, devem ser adotadas medidas práticas nos procedimentos de distribuição das senhas para evitar que outras pessoas tenham conhecimento da senha. Ela lembrou que na Operação Anos Dourados, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 19, foram presos 40 servidores por suspeita de fraudes e 37 foram liberados porque não havia nada contra eles. "Nós queremos um sistema de cadastramento de senha seguro, a que só o servidor tenha acesso. Aí, sim, ele poderá ser responsabilizado pela sua senha", disse. A diretora do Sindsprev informou ainda que amanhã (26) será realizado um ato público na Praça Mauá, onde fica a sede da Superintendência da Polícia Federal, em repúdio às prisões de servidores.