Banco Mundial e governo devem fechar acordo para finaciar obras hídricas no país

25/10/2006 - 15h00

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo brasileiro e o Banco Mundial (Bird) devem fecharaté o final do ano um acordo de empréstimo para financiar o Programa deDesenvolvimento Sustentável de Recursos Hídricos (Proágua Nacional), destinadoà realização de obras hídricas em todas as regiões do país. Segundo odiretor-presidente da Agência Nacional de Águas, José Machado, nos próximostrês anos devem ser investidos US$ 200 milhões, dos quais metade virá do Bird.“Esse acordo está sendo negociado e esperamos assiná-lo até o final do ano, se tudocorrer bem”, informou hoje (25) Machado, antes de abrir o 1ºWorkshop Brasil-China na Área de Recursos Hídricos, que se realiza em Brasília.De acordo com o diretor, a implementação do Proágua Nacional representará aexpansão do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Recursos Hídricos para oSemi-árido Brasileiro (Proágua Semi-árido), concluído este ano.De acordo com o diretor-presidente, a iniciativa “trouxe benefíciosextraordinários ao Nordeste brasileiro, não só em termos de infra-estrutura hídrica,mas em termos de gestão de recursos hídricos”. O superintendente deImplementação de Programas e Projetos da ANA, Paulo Varella, explicou que oProágua Semi-árido foi implementado durante oito anos, nos nove estados daregião Nordeste e em Minas Gerais. Nesse período, segundo ele, cinco milhões depessoas passaram a ter acesso à água de qualidade.“Isso tem um impacto forte na saúde, no êxodo rural e, além disso, todo umsistema de gerenciamento foi montado com a ajuda desse programa”, destacou Varella.“Eu diria que nós temos um semi-árido anterior e posterior ao Pro-água nessesúltimos oito anos”, avaliou. De acordo com o superintendente, a expectativa é, com a expansão doprograma, as ações tenham início no começo do ano que vem nas demais regiões,numa parceria com os governos estaduais. “Vamos expandir essa mesma idéia deque, através de um gerenciamento correto, a gente possa levar agora às outrasregiões do país um ordenamento correto, a implementação de um sistema com oapoio desse programa para que a gente possa enfim levar água de boa qualidadepara toda a população brasileira”, completou Varella.O Proágua Nacional também terá duas vertentes, segundoele: a realização de obras, conduzida pelo Ministério da Integração Nacional, ea de gerenciamento, a cargo da Agência Nacional de Águas.