Candidato tucano volta a dizer que pretende cortar gastos públicos

15/10/2006 - 19h08

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) retomou hoje (15) um dos temas mais debatidos nesta eleição: os gastos públicos. Ele disse que, se for eleito, vai cortar despesas. Criticou o número de ministérios do governo atual e o que chamou de “aparelhamento do funcionalismo público”.“Com esse modelo, o país não vai crescer, porque aumento de gasto é aumento de imposto, juros muito altos e corte de investimento”, declarou Alckmin.O tucano disse que pretende reduzir os gastos públicos em todas as áreas, mas não deu detalhes de como poderia fazê-lo. “A palavra hoje no mundo é eficiência, qualidade do gasto público. Economizar para quê? Para melhorar a saúde que está sem dinheiro, as Santas Casas todas em dificuldade, a educação”.Questionado sobre suas críticas ao que chama de “inchaço” do estado brasileiro e, ao mesmo tempo, suas promessas de contratar funcionários públicos, o candidato salientou que é preciso um serviço público eficiente, com grande número de professores e profissionais de saúde e segurança.“Na saúde, não precisa o governo federal contratar. Os estados e prefeituras contratam. O que nós vemos hoje é um grande gasto e desperdício no inchaço da máquina, nas compras superfaturadas, ou seja, um conjunto de áreas em que o governo gasta dinheiro sem necessidade”.Alckmin disse que reduzirá os impostos em áreas que incidem mais diretamente no orçamento dos pobres, como o transporte público. “Hoje, grande parte [do valor da passagem] é imposto”.O candidato do PSDB fez hoje uma caminhada na zona sul de São Paulo, num bairro da periferia. Amanhã, vai ao Maranhão, onde participa de reunião com prefeitos e lideranças locais no fim da tarde.