Mylena Fiori e Vladimir Platonow
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Um acordo entre o PT e o PSDB poderá adiar o começo da propaganda eleitoral presidencial em rádio e televisão, do próximo dia 5, para o dia 11 ou 12. A informação é do advogado do PSDB, José Eduardo Alckmin. Ele explicou que os dois partidos devem definir ainda esta semana a nova data. Entre os motivos, Alckmin citou a necessidade de definir as alianças políticas, a reestruturação do formato das campanhas e até uma forma de baratear os custos de propaganda.Os advogados do PT, Márcio Silva e José Antônio Toffoli, não foram localizados para confirmar a tratativa.O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, disse que ainda não foi consultado sobre a questão e não sabe se o adiamento é possível legalmente. Mas destacou que não vê “efeito prático” no adiamento das campanhas.O ministro acredita que os partidos deveriam começar a propaganda eleitoral o quanto antes. “O objetivo da propaganda eleitoral gratuita é esclarecer os eleitores, é algo voltado não ao interesse dos partidos políticos, de forma imediata, mas aos interesses coletivos”, justificou.O presidente do TSE também descartou a necessidade de prazo para negociação de alianças pelos candidatos â Presidência da República antes do reinício das campanhas, lembrando que as coligações de primeiro turno devem, obrigatoriamente, ser repetidas no segundo turno. “Temos uma regra que direciona a manutenção das coligações no segundo turno. As alianças podem existir, mas no campo informal”, alertou.