Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As empresas de serviços deinformação - que abrangem telecomunicações, agências de notícias, informática,audiovisual e jornalismo - tiveram o maior faturamento do setor de serviços nopaís em 2004. Foram R$ 115,6 bilhões, mais de 30% do total de R$ 381 bilhões dosetor.Os salários pagos (7,6mínimos) foram duas vezes maiores do que a média. Em 2003, a receitaoperacional dessas empresas somou R$ 98,6 bilhões. No entanto, o número deempresas (6,6%) e de pessoas ocupadas (6,3%) ficou bem abaixo do total dasempresas de serviços não-financeiros operando no Brasil em 2004.Os dados fazem parte daPesquisa Anual de Serviços divulgada hoje (20) pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE). O estudo revela que as atividades detelecomunicações geraram 66% do total da receita desse grupo, tinham a maiormédia de pessoas ocupadas por empresa, cerca de 49 empregados, e pagavam osmaiores salários, em média 12,6 mínimos. Em segundo lugar vieram as atividadesdo setor de Transportes, Serviços Auxiliares e Correio.Em 2004, a pesquisa do IBGE mostrouque havia 885 mil empresas no setor de serviços, um aumento de 4,8% em relaçãoa 2003. O número de contratações em relação ao ano anterior subiu 9,5% mas osalário médio mensal pago aos trabalhadores foi de R$ 783,2, o que significouuma queda de 3,1% em relação a 2003.Segundo o istituto, aregião sudeste reduziu a participação no setor entre 1998 e 2004,principalmente na área de serviços prestados de transporte de cargas paraexportação. O Rio de Janeiro foi o local que apresentou a maior queda nareceita bruta dos serviços, passando de 15,7% em 1998 para 14,2% em 2004.